É possível fazer um condomínio sustentável? Veja como
O mundo passa por uma importante mudança comportamental. Fatores como os alarmantes índices de emissão dos gases causadores do efeito estufa fizeram com que as pessoas parassem para prestar mais atenção aos seus hábitos cotidianos. O pensamento verde está se difundindo cada vez mais.
Desde a definição dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs) pela Organização das Nações Unidas, em 2015, os países que assinaram o protocolo pela redução dos impactos ao meio ambiente criam estratégias para cumpri-lo. Uma delas é adotar sistemas construtivos cada vez mais ecológicos. Mas o que fazer com as construções mais antigas? É possível tornar um condomínio sustentável?
A sustentabilidade tem como princípio a renovação de recursos naturais, o que reduz os custos com água e luz, por exemplo. Portanto, algumas medidas simples podem ser adotadas pela gestão do condomínio e gerar um ótimo resultado — não só para a preservação da natureza, mas também para o bolso dos condôminos! Veja, agora, como fazer isso.
Economia de água
Os condomínios costumam ter altos gastos com a conta de água. Por isso, criar um sistema de captação da água da chuva pode representar uma boa economia. É preciso ter um reservatório — o que representa um investimento inicial —, mas a médio prazo, os custos valerão a pena.
A água da chuva armazenada no reservatório pode servir para irrigação do jardim, limpeza das áreas comuns do condomínio e para o uso no vaso sanitário dos banheiros em todas as unidades.
Se o condomínio não tiver estrutura para instalar um reservatório, poderá adotar uma outra medida que dá resultados: a troca do hidrômetro coletivo por hidrômetros individuais. Afinal, as pessoas costumam economizar mais quando têm a noção exata do quanto consomem, o que não acontece quando o gasto faz parte da taxa condominial.
Economia de luz
A matriz energética brasileira ainda é muito centrada em hidrelétricas, que utilizam um recurso renovável (a água), mas acabam causando danos ambientais ao serem instaladas. Por isso, crescem as alternativas de geração de energia para o uso doméstico.
Uma das mais promissoras é a energia solar. Ela é captada através de painéis solares, ou placas fotovoltaicas, que transformam o calor do sol em energia. Essa energia serve para aquecer a água de chuveiros, banheiras e piscinas, e também pode ser usada para ligar todos os aparelhos elétricos de uma residência. O sistema fotovoltaico ainda possui alto custo, mas a economia na conta de luz é grande, chegando a 95%, segundo a Associação Brasileira de Energia Sola (Absolar).
Se o seu condomínio ainda não pode fazer esse investimento, uma boa solução é substituir todas as lâmpadas comuns por LED, que economiza até 80% de energia, e instalar sensores de presença nos corredores, garagens, salão de festas e áreas comuns do prédio, que ligam as luzes apenas quando há alguém no recinto.
Descarte adequado de resíduos
Você já percebeu o quanto de lixo é descartado todos os dias na lixeira do seu condomínio? Imagine todo esse resíduo sendo levado para um aterro sanitário. Alguns materiais, como o plástico, demoram centenas de anos para se decompor e contaminam o solo.
Por isso, é importante destinar corretamente os resíduos do seu condomínio por meio da coleta seletiva, que já existe em todas as capitais e muitas cidades do interior do país. Faça uma campanha com os moradores para que todos consigam separar o lixo reciclado do orgânico de forma adequada.
O lixo orgânico, por sinal, também pode ser reaproveitado no jardim. Basta instalar uma composteira no condomínio e colocar esse resíduo lá.
Viu como é fácil ter um condomínio sustentável? Essas são apenas algumas atitudes que produzem grandes efeitos. Você pode pensar outras, como telhados verdes, que refrescam o edifício e diminuem a necessidade de usar ar-condicionado, ou a utilização de mobília ecológica, feita com madeira de reflorestamento e materiais reutilizados. Pesquise e descubra outras soluções!
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